Você já ouviu falar em Sistema de informação em Saúde e Vigilância Epidemiológica? Quer entender  mais sobre esses temas? Neste post, nós da LISDAT vamos te explicar melhor sobre como a utilização de sistemas de informação em saúde para vigilância epidemiológica pode ajudar na promoção da saúde  pública. 

Sejam bem-vindos ao nosso blog!  

Para começar é preciso saber que sistema de informação em saúde (SIS) é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um conjunto de  componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento,  análise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Como exemplo, no Brasil temos o DATASUS (Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil), que desempenha um papel de importância vital na condução do  processo de informação na saúde, e mantém bases onde podemos encontrar dados de morbidade, indicadores de  saúde, informações epidemiológicas, estatísticas vitais, informações demográficas e socioeconômicas. 

Agora que você já sabe o que é o SIS, vamos entender como ele pode auxiliar na vigilância epidemiológica.  

Segundo a Lei 8.080/1990, que criou o Sistema Único de Saúde, vigilância  epidemiológica é “um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou  prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças  ou agravos.” 

A partir das orientações técnicas fornecidas pela Vigilância Epidemiológica, os profissionais de saúde decidem sobre o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde e sobre a execução de ações de controle de doenças e  agravos. 

Alguns exemplos de sistemas de informação em saúde que contribuem para a vigilância epidemiológica no Brasil são: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), Sistema de Informação sobre  Mortalidade (SIM), Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e Sistema de Informações  Hospitalares (SIH/SUS). 

Vamos lá, entender o que é cada um desses SIS. 

Primeiro, Sistema Nacional de Agravos de  Notificação (Sinan): regulamentado em 1998, esse sistema é utilizado para notificar e monitorar  doenças e agravos de interesse para a saúde pública no Brasil. A entrada de dados ocorre pela  utilização de formulários padronizados para a notificação e investigação compulsória. A Ficha  Individual de Notificação é preenchida pelas unidades assistenciais para cada paciente quando há suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória ou de interesse nacional,  estadual ou municipal. Algumas das principais doenças e condições que são notificadas através do  Sinan incluem: cólera, coqueluche, COVID-19, tuberculose, difteria, hepatites virais e dengue. 

Essas são apenas algumas das doenças e agravos que são monitorados e notificados através do Sinan, que desempenha um papel crucial na vigilância epidemiológica, permitindo que autoridades de  saúde monitorem a ocorrência dessas doenças, planejem intervenções e avaliem a eficácia das  medidas de controle e prevenção implementadas. 

Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM): desenvolvido pelo Ministério da Saúde em  1975, é um sistema de dados sobre mortalidade no país. Os dados do SIM permitem construir indicadores importantes para conhecer o perfil de saúde de uma região. A partir das informações nele  contidas, pode-se obter mortalidade proporcional por causas como: faixa etária, sexo, local de  ocorrência e residência, bem como taxas de mortalidade geral, infantil, materna ou por qualquer outra  variável. O documento básico e essencial à coleta de dados da mortalidade no Brasil é a DECLARAÇÃO  DE ÓBITO (DO) que, consequentemente, alimenta o SIM.  

Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc): foi implantado oficialmente a partir de 1990, com o objetivo de coletar dados  sobre os nascimentos ocorridos em todo o território nacional e fornecer informações sobre natalidade  para todos os níveis do Sistema de Saúde. O documento padrão de uso obrigatório em todo o território  nacional e essencial à coleta de dados de nascidos vivos no Brasil é a DECLARAÇÃO DE NASCIDOS VIVOS(DN). As declarações são preenchidas pelos profissionais de saúde, ou parteiras tradicionais  responsáveis pela assistência ao parto ou ao recém-nascido (reconhecidas e vinculadas a unidades de  saúde). O nascimento é um dos eventos vitais e seu monitoramento pode contribuir para o  conhecimento da situação de saúde de uma população e para a avaliação de políticas, ações de  vigilância e atenção à saúde na área da saúde materno-infantil. 

E, por último, o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS): criado em 1990, o Sistema de  Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) dispõe de todos os atendimentos que provenientes de  internações hospitalares foram financiadas pelo Sistema Único de Saúde. Este sistema foi desenvolvido tendo como  principal objetivo organizar o processo de remuneração das internações hospitalares financiadas pelo SUS. Possui uma grande base de dados, abrangendo todas as atividades do setor, seja da rede  hospitalar pública, seja da rede privada ou filantrópica, conveniada com o SUS. Proporciona o  conhecimento do custo da hospitalização, do tempo de permanência e da evolução; possibilita o  conhecimento dos indivíduos hospitalizados, quanto aos aspectos clínicos e epidemiológicos e serve de  base para o planejamento e a adoção de ações específicas voltadas à organização de serviços e ao controle  de doenças. Os dados são coletados a partir da Autorização de Internação Hospitalar, que é preenchida  pelo hospital após a alta hospitalar e enviada eletronicamente para a Secretaria de Saúde municipal  ou estadual. 

Em todos esses sistemas citados, exceto o DATASUS, o acesso é restrito às pessoas cadastradas, para garantir a procedência e a confidencialidade dos dados pessoais dos usuários dos serviços de saúde.  

Como vimos, os sistemas de informação de saúde existem há décadas e são fundamentais para a Saúde Digital, com toda a tecnologia que usamos nos dias de hoje, para apoiar decisões epidemiológicas, de gestão, clínicas e de pesquisa científica.

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